terça-feira, 30 de dezembro de 2008

A arte da leveza

"Livro de Poesia" de W. Maguetas

Talvez uma obra de arte seja bela quando consegue tocar o fundo da alma de quem a vê. Que relação há entre o livro e a mulher? Tanto a poesia quanto esse delicado estar-deitada parecem se encontrar na mais profunda paz, no mais profundo silêncio e leveza.

Esta obra me acalma, não sei porque, mas me acalma, nela não há nenhuma obrigação, nenhum dever, nenhuma moral, nenhuma ação, há apenas um deixar-ser, um maravilhoso deixar-se-entregar. A harmonia brilha serena e bela.

E as cores? A sombra? A luz? Tudo permeia essa bentita leveza. Talvez essa obra seja bela porque nos tira desta tão cansativa vida cotidiana. Talvez a arte sirva pra isso: para nos levar à outro mundo, à outro olhar, à outro movimento, para nos fazer sentir a vida que pulsa e nos escapa a todo momento.

Não conheço muito bem o pintor, aliás, nem entendo muito de pintura, mas pra sentir a paz de tal moça, basta se permitir olhar e apreciar, deixando pousar os olhos no deixar cair do corpo, do livro, da cama, das cores...ou seja, basta deixá-la descançar.

Thiago V. Marques




quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Tenho

Tenho que trabalhar
Tenho que estudar
Tenho que dar respostas
Tenho que correr
Tenho...
Tenho...
Tenho...
Que merda!

É...

Pressa
Tenho pressa.
Não sei porque.

Desejo
Milhares
Não sei escolher

Não sei
Não sei
Tormento

Perdido
Movido
Desaparecido