quarta-feira, 23 de abril de 2008

Minha avaliação da ocupação da reitoria da UnB

Essa manifestação estudantil para mim na época atual da UNB, e até do Brasil, foi a mais interessante, a mais forte, a mais linda e a mais politizadora.Pelos seguintes motivos:
1. União entre as mais diferentes tendências do Movimento estudantil por um objetivo comum, fazia tempo que isso não ocorria. UNE, juventudes partidárias (PSol, PT, PSTU, PCdoB, PCO), autonomos, Independentes, CAs conseguiram se unir pela universidade. Isso é um exemplo para a esquerda!
2. Foram corajosos e perseverantes, não se deixaram abater com as dificuldades: sem agua, sem luz, dormir naquele lugar etc.
3. Foram ousados, ocupando uma reitoria, quando nem o sindicato dos professores, nem o sindicato dos funcionários apoiavam tal ação. Não reduzindo assim a política ao direito.
4. Foram altamente organizados. Montaram uma rede de organização altamente madura: coordenações de comunicação, de logisitica, de artes, etc etc. Saíram sem quebrar nada, tinham uma programação todos os dias, discussões políticas, musica, arte.
5. Decidiam as coisas via assembleia sempre, e eram fiéis a elas.
6. Conseguiram lidar com a mídia muito tempo, usá-la a seu favor, tanto que isso ajudou muito o movimento, nunca o Correio por exemplo fez reportagens tão pró-estudantes como as que foram feitas.
7. Enfim, derrubaram o reitor, o vice reitor, a cúpula!
8. Porém, não era só isso que estava em pauta. Lutavamos tambem pela paridade, pelo fim das fundações privadas, por novos concursos e mais um monte de coisa. A midia entretanto não se interessa por isso, o que vale hoje para a sociedade é a pauta ética, pauta política pouco importa. Então, após a saída do Reitor começou as criticas vindas da sociedade e da mídia. No entanto, tinhamos que nos manter firmes, ae conseguir pelo menos mais alguma coisa, e conseguimos, fomos na reunião do Consuni ( eu fui, fiquei espantado com alguamas manobras da mesa), e conseguimos aprovar uma comissão paritária para ver o regimento das eleições e uma comissão também paritária para o congresso instituinte ( esse foi outro exemplo de maturidade estratégico-política, pois se tivessemos batido o pé nesse momento na paridade já naquele conselho, tinhamos saidos derrotados). Com essas comissões o caminho para a paridade fica mais fácil.
9. Mas além disso o novo reitor deu uma demonstração de diálogo e nós conseguimos apoios e assinatura deles para vários outros pontos da nossa pauta.
10. Então aí foi o momento de sair da reitoria, tinha sentido continuar ali? Para o movimento estudantil sim, pois não não conseguimos ainda a paridade. Porém a sociedade e a mídia ia nos escrachar! E o movimento poderia perder força. Então saímos, mas como disso o Fábio do DCE, para ocupar toda a universidade!
11. Espero agora que a gente consiga manter a mobilização dos estudantes e conseguir a paridade e o congresso instituinte, para finalmente termos democracia na UnB, e mais controle do dinheiro público.
12. Eu avalio esse movimento assim, como uma vitória dos estudantes, ganhamos apoio d emuito professores e funcionários, como por exemplo o grupo do UNB LIVRE. Fiquei muito feliz. E esse movimento serviu de inspiração para outros estudantes, como os de direito da UNIEURO que fizeram uma manifestação em frente a sua reitoria pela qualidade do ensino e outras coisas.
Thiago Vasconcelos Marques

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Homenagem aos estudantes!

Reitoria ocupada, reitor expulso, a Universidade se levantou do marasmo. Democracia e liberdade, ali a política não foi reduzida ao Direito. Aqui, o devir-estudante falou mais alto! A universidade é nossa! A reitoria é nossa! Nada de conformismo, nada de sectarismo. Várias tendências, todas unidas. Defesa da UnB? Não só, defesa do Brasil! Militantes contra o descaso e sucateamento da universidade pública. Lição aos mestres, que sempre se colocaram como superiores e mais politizados! Uma beleza de organização e de maturidade. Sem agua, sem luz, resisitiram, não se renderam aos métodos ridiculos da cúpula-ofensa da universidade.

Mas a luta não acaba! Temos que partir para a revolução, e não para reforminhas baratas como a que alguns propoem. Temos que democratizar a UnB, POLITIZÁ-LA, levá-la à comunidade, pois esta se sente distante de sua sua universidade. Aumentar as vagas, a qualidade, a extensão, as pesquisas! A universidade é de todos, por isso defendemos a paridade! Os funcionários e estudantes não podem ficar a mercê de um grupo, que na maioria das vezes se mostra conservador e coorporativista!

Força na luta!

Thiago Vasconcelos Marques

terça-feira, 8 de abril de 2008

Moção de apoio aos estudantes da UnB

Queridos colegas e companheiros de luta!

Em nossa UnB, a muito tempo não se via um movimento como esse. Ontem a reocupação por parte dos estudantes e a presença de tantos na assembleia foi uma mostra de que nós não nos rendemos à corrupção, ao autoritarismo e ao descaso em relação a nossa universidade.

Grito aqui um protesto, repudiando a ação dos seguranças da reitoria, sim, eles cumprem ordens, mas deviam no mínimo respeitar os estudantes, sendo que estes são praticamente os únicos que estão lutando para que haja mudança no quadro atual da UnB. É triste ver que á vários professores e funcionários defendendo o reitor por deverem favores a ele, eles não são dignos de estarem na Universidade de Brasília.

Aos que criticam a ação dos estudantes, peço para reverem sua posição. Em um país onde poucos reinvidicam seus direitos, deveríamos ficar felizes de vermos tantos estudantes realizando um grande movimento, organizado e politizador, para proteger o dinheiro público e a nossa universidade da corrupção, do autoritarismo e do descaso.

Para frente estudantes!!! Resistam!!

Thiago V. Marques
Mestrando em Filosofia pela UnB